Violação de segurança no Android conhecida como ‘StrandHogg’ rouba dados de usuários

Security breach on Android known as ‘StrandHogg’ steals data from users
Security breach on Android known as ‘StrandHogg’ steals data from users

Pesquisadores da Promon, uma empresa norueguesa especializada em proteções digitais, encontraram uma nova violação de segurança no sistema Android chamada “StrandHogg”, que pode permitir que aplicativos falsos “sequestrem” aplicativos legítimos e executem tarefas maliciosas em seu lugar.

O relatório divulgado indica que os usuários tendem a confiar no software que conhecem e acabam concedendo permissões para invasões criminosas. Além disso, esse bug permite que você mostre páginas de login falsas, em uma técnica conhecida como phishing, e pode ter como alvo contas bancárias.

StrandHogg

De acordo com as informações fornecidas pela Promon, o StrandHogg é uma falha encontrada especificamente no recurso multitarefa do Android, em um método de troca de tela chamado “reparo de tarefas”. Nesse momento, quando o usuário toca no ícone de um aplicativo legítimo, o falso aparece em primeiro plano na tela. Ao não perceber a diferença visual entre os dois, o usuário acaba concedendo permissões de entrada ou fornecendo seus dados pessoais.

O relatório indica que nenhuma versão do sistema operacional do Google está livre da falha, inclusive o Android 10 mais recente. Por conta disso, a Promon testou os 500 aplicativos mais baixados da Google Play Store e descobriu que todos eles têm potencial para serem explorados por a vulnerabilidade detectada, mesmo que não seja necessariamente culpa deles.

Como se proteger

Embora a BBC tenha levantado a palavra do Google de que suspendeu os aplicativos mencionados e está trabalhando em melhorias no Google Play Protect, o diretor de tecnologia da Promon, Tom Hansen, disse ao site britânico que o bug ainda pode ser explorado nas telas do Android 10. Os pesquisadores relataram o bug aos desenvolvedores do sistema operacional há mais de 90 dias.

A Promon descobriu o StrandHogg depois que uma empresa do setor financeiro tcheco, para a qual presta consultoria de segurança, informou que alguns bancos tchecos tiveram várias contas correntes de clientes zeradas. Depois de examinar de perto o caso, os analistas detectaram que até 36 aplicativos diferentes podem ter explorado a vulnerabilidade.

Como se proteger?

O usuário, por enquanto, deve tomar cuidado para não fornecer dados e permissões quando não forem necessários, e sempre ler o que está escrito na tela e o que o app está realmente pedindo para fazer. Se você usa esse aplicativo há meses e nunca solicitou seus dados antes, por que ele estaria perguntando agora? É algo a considerar. Por fim, sempre vale a pena manter um software antivírus instalado em seu telefone.

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